top of page

Cólon Irritável

  • Foto do escritor: Jéssica Neto
    Jéssica Neto
  • 2 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

A síndrome do cólon irritável é uma desordem gastrointestinal funcional que é caracterizada por dor, desconforto abdominal e alterações do hábito intestinal, fazendo com que geralmente exista sensações de desconforto (inchaço), distensão e defecação desordenada.


Esta síndrome é conhecida vulgarmente, como “colite nervosa”, “colite espástica, “intestino irritável” ou “doença funcional do intestino”. Esta perturbação motora a nível do tubo digestivo origina uma grande diversidade de sintomas digestivos crónicos ou recorrentes que podem ter diversas causas, uma delas a Alimentação.


Tal como o nome indica: "Intestino irritável", o que acontece é que o tecido muscular do intestino é realmente irritável por ser mais sensível, logo, reage mais intensamente a estímulos habituais que numa pessoa sem a síndrome não aconteceria.


A sindrome do cólon irritável não é tratada como uma doença mas sim como um conjunto de sintomas, e é definida sim por critérios diagnósticos baseados em sintomas sem causas orgânicas detetáveis, não existindo uma fisiopatologia universal. Considera-se que existem 4 subtipos desta disfunção, com base na consistência das fezes: cólon irritável com obstipação, cólon irritável com diarreia, cólon irritável com hábitos intestinais mistos ou padrões cíclicos e nenhum subtipo.


O diagnóstico é feito pela história clínica do paciente, por meio de uma avaliação psicológica, por um exame físico, e com o auxilio do Algoritmo Diagnóstico, mostrado abaixo.



As causas possíveis para a síndrome são, normalmente, problemas mentais como ansiedade, depressão, ataques de pânico, stress, gastroenterite bacteriana; proliferação bacteriana excessiva no intestino delgado, factores genéticos, sensibilidade a alguns alimentos, como os ricos em Hidratos de carbono, alimentos picantes, café e álcool.


A dieta FODMAPs é uma das opções para a melhoria da síndrome, FODMAP é a sigla para: Fermentable Oligosaccharides Disaccharides Monosaccharides and Polyols, o que quer dizer que se deve evitar ao máximo hidratos de carbono fermentáveis que sejam oligosacarídeos (fructanos, galactooligossacarídeos, por exemplo), dissacarídeos (lactose por exemplo), monossacarídeos (por exemplo frutose em grandes quantidades) e polióis (por exemplo manitol, sorbitol, xilitol, isomalte...).

O que acontece é que estes Hidratos de Carbono são mal digeridos, permitindo que as bactérias intestinais façam uma fermentação anormal e causem uma série de sintomas: inchaço, dor, flatulência, obstipação/diarreia.

O que se pretende com esta dieta é limitar durante 6 a 8 semanas todos os alimentos que possam ser ricos em FODMAPs e numa fase posterior, de acordo com as melhorias ir introduzindo alimentos que possam conter mais FODMAPs.

Para auxiliar na dieta temos o semáforo Alimentar abaixo, em que assinalado a vermelho temos os alimentos mais ricos em FODMAPs que se deve eliminar durante a primeira fase da dieta, a amarelo os alimentos que se devem controlar e não ultrapassar as quantidades máximas indicadas e finalmente a verde os alimentos que apresentam menor quantidade em FODMAPs ou que por base em testemunhos se consideram menos causadores de sintomas.


Importante referir que muitos dos alimentos indicados no semáforo são classificados com base em testemunhos, e por isso alguns dos alimentos podem causar sintomas a algumas pessoas e não causar a outras.

Esta Síndrome tem reações diferentes de indivíduo para indivíduo e o principal objetivo desta dieta é também cortar a maioria dos alimentos possíveis causadores de sintomas numa primeira fase e depois ir introduzindo e percebendo quais os alimentos que trazem ou não o agravamento dos mesmos.




Kommentare


RECENT POSTS
SEARCH BY TAGS
ARCHIVE
bottom of page