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Doença Celíaca


A doença celíaca é uma sensibilidade a uma proteína que encontramos no trigo, na cevada, no centeio e na aveia- o glúten.É uma doença autoimune e caracteriza-se por um estado de inflamação crónica da mucosa intestinal, provocando lesões que deixam de acontecer quando há eliminação do glúten da alimentação. O único tratamento disponível para esta patologia consiste na prática de uma dieta isenta de glúten que se deve manter para toda a vida. A eliminação do glúten da alimentação vai resultar no retrocesso das lesões intestinais e na recuperação do organismo.


A doença celíaca é mais prevalente em indivíduos portadores de síndrome de Down e aqueles com doenças autoimunes, nomeadamente diabetes mellitus tp.1 e inflamação da tiróide. Os sintomas desta sensibilidade ao glúten caracterizam-se por: diarreia, distensão abdominal, atraso de crescimento, diminuição de apetite, perda de peso e atrofia muscular, também apresenta alguns sintomas anómalos como: vómitos, fadiga crónica, obstipação, refluxo esofágico, dor abdominal constante, cefaleia, anemia, entre outros.


A simples presença de sintomas não é suficiente para fazer um diagnóstico com segurança e para isso devem ser confirmadas as suspeitas de doença celíaca recorrendo-se a 3 métodos: análises ao sangue e às fezes para confirmar a existência de má- absorção dos alimentos; testes serológicos para verificar a existência de anticorpos da doença celíaca e biópsia ao intestino para a confirmação do diagnóstico.


Perante um quadro de doença celíaca o paciente deve excluir totalmente o glúten da dieta, mas devem igualmente manter uma nutrição equilibrada, completa e variada, recorrendo a um profissional especializado para o ajudar nesta nova alimentação.Podemos encontrar o glúten em alimentos como o pão, as tostas, as massas, os produtos de confeitaria e pastelaria, as bolachas e os tradicionais cereais de pequeno-almoço, podemos ainda encontrá-lo em alimentos menos óbvios como no leite achocolatado, maltado e aromatizado, em carnes processadas (carne picada, enchidos, salsichas, hambúrgueres e almôndegas), em polpa de tomate e molhos industriais (ketchup, maionese, mostarda, chutney, etc.), nas natas, manteigas, margarinas e banhas, em batatas fritas de pacote, em gelados, em sumos em pó, em sobremesas instantâneas, na cerveja, nas delícias do mar e em muitos outros alimentos.



Cada vez mais existe um leque de produtos isentos de glúten quando vamos ao supermercado, é possível identifica-los pelo símbolo da espiga cortada, mas é importante referir que o celíaco pode consumir alimentos naturalmente isentos de glúten que não contém o símbolo identificador, como o exemplo da fruta, legumes, carne, peixe, leite, etc.


No entanto, deve-se ter cuidado com esses alimentos artificialmente isentos de glúten, pois normalmente apresentam mais quantidade de gordura, de açúcar, e consequentemente maior energia (kcal), para além de tendencialmente apresentarem quantidades inferiores de vitaminas do complexo B e de ferro.



Referências: Associação Portuguesa de Celíacos. 2017. http://www.celiacos.org.pt/

Associação Portuguesa dos Nutricionistas; Alimentação na Doença Celíaca; Colecção de E-books APN Nº34; www.apn.org.pt


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